Apesar de doente continuas bem disposto!

Meu querido esta semana foi cheia de surpresas. Vieste jantar cá a casa na terça-feira. Quando cheguei a casa, cansada de um dia inteiro de trabalho, tinha um sorriso enorme ao abrir a porta. Estavas com a Avó e pelo que percebi com vontade que a Tia chegasse para brincar contigo. Acompanhaste-me ao quarto e resolveste explorar este mundo que é meu, mas feito também a pensar em ti.
Há cor, bolas, balões, bonecos e muitas fotos tuas.
Um a um fomos descobrindo tudo o que tu quiseste. A Bola de ténis gigante, com grandes "golos"; o boneco antigo que está sentado no banco junto ao cavalete, onde fizeste festas e descobriste a "bo" (boca) e te ajudou a mostrares onde está a tua; os balões coloridos que fiz quando nasceste e que ajuda a dar cor ao meu quarto; e as fotos onde estás com os Avós, pais, Tios, para onde apontas à espera que te diga os nomes para tentares repetir.
As palavras começam a querer ter forma na tua voz. Todos os dias aumentas os sons parecidos com palavras reconhecidas por nós, adultos.
Enquanto nós jantamos andaste à volta da mesa e foste brincando, pedindo colo e querendo atenção. Acabaste por te sentar connosco à mesa.
No fim do jantar foste buscar a bola para eu jogar contigo. Depois foram os copos que fazem uma pirâmide. Querias que eu estivesse ali ao pé de ti, sentada no chão a brincar.
Foi assim até o sono chegar e começares a querer o colinho da Mamã e da Avó.
Os Papás também estavam cansados e fomos todos dormir.
Fui à varanda despedir-me, como faço sempre. Descobriste que eu estava na varanda e foste dizendo "Ti" e adeus. Claro que depois deste mimo eu dormi que nem um anjinho. Obrigada meu príncipe.
Na sexta-feira, foi o primeiro dia de aulas da Tia, que resolveu voltar para a faculdade. Quando cheguei a casa estavas cá a dormir. Foi uma noite tranquila, sem choros e seguida até às oito da manhã. Apareceste na casa de banho quando eu estava a sair da banheira e arranjei-me a jogar à bola contigo no corredor. Fomos os três tomar o pequeno-almoço e foste levar-me à porta, onde me deste a cara quando te pedi um beijinho, mas quando o elevador chegou saíste porta fora para me dares um enorme abraço! Fui ou não fui uma Tia sortuda?